1 de 1 Cédulas de dólar — Foto: bearfotos/Freepik

Cédulas de dólar — Foto: bearfotos/Freepik

O dólar fechou esta sexta-feira (8) em leve queda, após passar a sessão oscilando entre altas e baixas na volta do feriado do Dia da Independência. Sem grandes destaques na agenda doméstica, os investidores voltaram as atenções para os EUA.

Na véspera, dados apontaram para uma forte queda nos pedidos de auxílio desemprego norte-americanos, sinal de resiliência do mercado de trabalho do país. As expectativas, agora, ficam com o indicador de inflação da maior economia do mundo, que deve ser divulgado na semana que vem.

Ao final da sessão, a moeda norte-americana caiu 0,01%, cotada a R$ 4,9822. Veja mais cotações.

Na quarta-feira, o dólar havia encerrado a sessão com alta de 0,16%, cotada a R$ 4,9827. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:

O que está mexendo com os mercados?

Sem grandes destaques na agenda política e fiscal doméstica nesta sexta-feira (8), as atenções dos investidores continuaram voltadas para os Estados Unidos.

Por lá, o foco esteve no número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego. Segundo informações do Departamento do Trabalho dos EUA divulgados na véspera, os pedidos iniciais caíram de 229.000 (dados revisados) para 216.000, em um nível bem abaixo do que o esperado pelo mercado, que previa um aumento no número de pedidos, para 234.000.

Os números indicam uma maior resiliência do mercado de trabalho norte-americano e aumentam as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) mantenha os juros do país em patamares elevados por mais tempo.

Vale lembrar que juros mais altos nos EUA indicam um aumento da rentabilidade dos títulos públicos do país e aumentam a perspectiva de que investidores troquem países em desenvolvimento (como o Brasil) por mercados mais ricos e seguros, como o norte-americano.

Agora, a principal expectativa do mercado é pelo indicador de inflação dos Estados Unidos, que deve ser divulgado na próxima semana e pode dar mais pistas sobre o tom que o Fed deve adotar em sua próxima reunião, que acontece entre 19 e 20 de setembro.

Ainda no exterior, o mercado também repercutiu dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que ficou em 50,5 em agosto — mais fraco do que a leitura preliminar, de 51,0, e próximo do limiar que separa crescimento de contração (50). Dados do setor de serviços norte-americano também ficaram no radar.

No Brasil, o cenário político ficou no radar, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter fechado a reforma ministerial.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

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