1 de 1 Pessoas atravessam a rua em Birmingham, no Reino Unido, cidade que declarou falência em 6 de setembro de 2023. — Foto: Kirsty Wigglesworth/ AP

Pessoas atravessam a rua em Birmingham, no Reino Unido, cidade que declarou falência em 6 de setembro de 2023. — Foto: Kirsty Wigglesworth/ AP

A cidade de Birmingham, a segunda maior do Reino Unido, declarou falência nesta quarta-feira (5). A prefeitura emitiu um aviso de que não consegue mais pagar as contas do município, comprometendo os serviços públicos de cerca de 2,2 milhões de pessoas.

Nesta manhã, a prefeitura avisou então ao governo central de um rombo no Orçamento deste ano de cerca de 87 milhões de libras (cerca de R$ 541,38 milhões de libras).

Ao avisar ao governo central que não consegue mais pagar as contas do município, a prefeitura disse que apenas fundos para proteção de pessoas vulneráveis ​​e de serviços essenciais estão liberados.

Com a falência da prefeitura, o governo central assume as contas, mas ativa medidas como:

A prefeitura de Birmingham enfrentou episódios locais que ajudaram a colapsar as contas:

  • Em um deles, o governo local contratou um sistema de Tecnologia da Informação para tratar dos dados internos. O valor inicial do serviço era de 19 milhões de libras (em torno a R$ 118 milhões). Mas a instalação acabou atrasando quase três anos.
  • Em outro caso, de 2010, uma decisão da Justiça deu razão a um grupo de 5.000 funcionárias mulheres que haviam apresentado uma ação conjunta alegando que ganhavam salários menores para exercer as mesmas funções que homens em serviços públicos. Houve casos de pagamento de bônus a funcionários e não a funcionárias. Para igualar o quadro, a prefeitura teve que desembolsar cerca de 1 bilhão de libras (cerca de R$ 6,22 bilhões).
  • Nesta quarta, o vice-líder da prefeitura, do Partido Trabalhista, pediu desculpas à população. Mas os deputados da oposição, conservadores, acusaram os líderes da prefeitura de terem mentido aos eleitores sobre as finanças da cidade.

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